quinta-feira, 21 de abril de 2011

Mais consequências do Álcool no organismo

Consequências corporais do alcoolismo
À medida que o alcoolismo avança, as repercussões sobre o corpo se agravam. Os órgãos mais atingidos são: o cérebro, trato digestivo, coração, músculos, sangue, glândulas hormonais. Como o álcool dissolve o mucus do trato digestivo, provoca irritação na camada externa de revestimento que pode acabar provocando sangramentos. A maioria dos casos de pancreatite aguda (75%) são provocados por alcoolismo. As afecções sobre o fígado podem ir de uma simples degeneração gordurosa à cirrose que é um processo irreversível e incompatível com a vida. O desenvolvimento de patologias cardíacas pode levar 10 anos por abusos de álcool e ao contrário da cirrose pode ser revertida com a interrupção do vício. Os alcoólatras tornam-se mais susceptíveis a infecções porque suas células de defesas são em menor número. O álcool interfere diretamente com a função sexual masculina, com infertilidade por atrofia das células produtoras de testosterona, e diminuição dos hormônios masculinos. O predomínio dos hormônios femininos nos alcoólatras do sexo masculino leva ao surgimento de características físicas femininas como o aumento da mama (ginecomastia). O álcool pode afetar o desejo sexual e levar a impotência por danos causados nos nervos ligados a ereção. Nas mulheres o álcool pode afetar a produção hormonal feminina, levando diminuição da menstruação, infertilidade e afetando as características sexuais femininas. 



 
Alcoolismo e desnutrição
As principais funções do processo alimentar são a manutenção da estrutura corporal e das necessidades energéticas diárias. Uma alimentação equilibrada proporciona o que precisamos. O álcool é uma substância bastante energética, em épocas passadas, chegou a ser usado em pacientes após cirurgias para uma reposição mais rápida da energia perdida na cirurgia. Apesar de altamente calórico o álcool não é armazenável. Não fossem os efeitos prejudiciais ao longo do tempo, o álcool seria um excelente meio de perder peso. Para que se possa entender como o álcool fornece energia e ao mesmo tempo não é armazenável é necessário entender seu mecanismo metabólico o que não será abordado aqui. Pelo fato do usuário de álcool possuir suas necessidades energéticas supridas ele não sente muita ou nenhuma fome, assim não há vontade de comer. A diminuição da oferta das substâncias (proteínas, açucares, gorduras, vitaminas e minerais) usadas na constante reconstrução dos tecidos, não interrompe o processo de destruição natural das células que estão sendo substituídas constantemente. Assim o corpo do alcoólatra começa a se consumir. Esse processo leva a desnutrição. 


Postado por Luana Silva

terça-feira, 12 de abril de 2011

Alcool e a Hereditariedade

O peso da Hereditariedade

     Mark Shitke, pesquisador californiano que esteve no Hospital das Clínicas de São Paulo, em 1978, reuniu 400 jovens e monitorou a maneira como bebiam e reagiam ao álcool. Previamente, o grupo foi dividido em 2 subgrupos: 200 jovens eram filhos de alcoólicos e 200, filhos de não-alcoólicos. A cada um deles era permitido beber até 5 doses de uma bebida destilada.
     A conclusão do autor, nessa etapa da pesquisa, foi que os filhos de alcoólicos chegavam à 5ª dose com poucos sinais de embriaguez, indicando possuir maior tolerância ao álcool, enquanto os filhos de não-alcoólicos, na 3ª dose, estavam embriagados.
     Em 1988, Shitke reuniu novamente esses jovens e verificou que apresentavam sintomas de alcoolismo os tinham resistido até a 5ª dose, coincidentemente ou não, os filhos de alcoólicos.
     A 3ª etapa da pesquisa foi realizada em 1998, mas os resultados ainda não foram divulgados. Shitke está interessado, agora, em avaliar o que aconteceu com os descendentes desses jovens e sua tendência ao alcoolismo.
     Uma pesquisa realizada nos EUA com rapazes de 17/18 anos, filhos de alcoólicos, comparados com um grupo-controle constituído por filhos de não-alcoólicos, levou à seguinte conclusão: os filhos de alcoólicos, que tinham passado por experiências amargas e traumatizantes em casa, eram completamente abstêmios aos 17 anos, enquanto os outros, filhos de pais que não bebiam, às vezes se embriagavam quando iam a festas.
     Entretanto, 20 anos mais tarde, o acompanhamento dessa população demonstrou existir muito mais dependentes de álcool entre os filhos de alcoólicos, exatamente aqueles que tinham prometido nunca beber.
     "O que se sabe é que 70% dos alcoólicos têm em sua história familiar, parentes próximos (pais, mães, tios, avós, primos) com problemas de alcoolismo", foi a conclusão a que chegou o autor da pesquisa.
Publicado  por Rovenny Frade ..

Gestante bêbada dá à luz e filho nasce alcoolizado

     VARSÓVIA - menina nasceu na Polônia com uma taxa de 1,9 gramas de álcool por litro de sangue, depois que sua mãe, uma alcoólatra de 29 anos, chegou bêbada para dar à luz a um hospital de Dabrowia Gornicza, no sul do país.
     A taxa da criança é mais que três vezes maior que o máximo permitido para motoristas, segundo a lei brasileira atual. Em estado muito grave, a criança, de 2,3 quilos, foi para a incubadora, enquanto a mãe, cinco horas depois do parto, registrava um índice de álcool de 1,5 gramas por litro de sangue.
     Tanto a mãe como o pai da recém-nascida, que também é alcoólatra e que hoje foi flagrado com 3,5 gramas de álcool por litro de sangue, foram colocados à disposição da Justiça. À polícia, ambos disseram que não sabiam que a ingestão de álcool durante a gravidez era prejudicial ao desenvolvimento do feto.
     Além disso, a mãe declarou que, durante todo o período de gestação, não se consultou com médicos nem se submeteu a exames. Um caso semelhante foi registrado no país durante o mês de julho, quando uma mulher de 37 anos, embriagada, deu à luz uma criança com 1,2 gramas de álcool por litro de sangue
     O alcoolismo é um problema em toda a Polônia, onde o consumo de bebidas destiladas, sobretudo de vodca, alcança níveis preocupantes entre as camadas mais pobres da sociedade.
     Segundo especialistas, filhos de pais que consomem álcool em grandes quantidades desenvolvem a chamada síndrome do alcoolismo fetal, que se manifesta em atrasos no crescimento, tendência a ataques epilépticos, anormalidades faciais e problemas de aprendizagem e comportamento.
     Efeitos do Álcool em Fetos
     A maior parte das mulheres consome álcool antes de saber que está grávida. Desta forma, fortalece-se que nem sempre os efeitos da bebida no crescimento e desenvolvimento normal dos fetos são nocivos. Sem dúvida, está claro e comprovado cientificamente que beber de maneira crônica e exceder-se no consumo afeta o crescimento normal dos bebês. A OMS (Organização Mundial de Saúde) tem realizado estudos que demonstram a influência negativa do álcool quando consumido por mulheres durante a gestação. O dano não se apresenta na mulher, mas sim no feto que está se desenvolvendo no útero. Efeitos prejudiciais mais freqüentes no feto:- Malformações: no corpo, nos órgãos internos e, em parte dos sentidos.
     - Síndrome de Down: atraso mental.
     - Deficiências orgânicas: após o nascimento, a criança pode apresentar incapacidade de desenvolvimento normal, dificuldades de aprendizagem, defeitos de caráter, pobreza mental e espiritual.
     - Morte: o excesso de álcool pode causar um aborto.
     Como o álcool afeta o feto?
     Qualquer quantidade de álcool, por menor que seja, pode por em risco o desenvolvimento do feto, produzindo deficiências físicas e mentais. Segundo a Dra. María Luisa Martínez, médica espanhola e conhecedora do tema, as bebidas alcoólicas penetram no feto, através da corrente sangüínea materna. Os danos são produzidos, porque a gestante elimina duas vezes mais rápido o álcool do seu sangue que o bebê, forçando-o a realizar uma tarefa para qual seus órgãos não estão preparados. Martínez sustenta também que o álcool pode criar um déficit no coeficiente intelectual do bebê.
     O que é síndrome fetal do álcool?
     É um grupo de defeitos encontrados no nascimento. Os defeitos são físicos e mentais, resultados do consumo de álcool durante a gravidez. Como citado anteriormente, estes defeitos incluem atraso mental, déficit de crescimento, mau funcionamento do sistema nervoso, anomalias cranianas e desajustes de comportamento. Segundo a OMS, a cada ano, 12.000 bebês no mundo nascem com a síndrome fetal do álcool. Alguns sintomas podem não serem óbvios até que o bebê complete uma idade entre 3 e 4 anos. Em palavras coloquiais, a síndrome pode ser descrita como um “invólucro permanente” para o bebê, seu crescimento é tardio, sua capacidade intelectual está reduzida e apresenta maior risco de morrer durante a infância.
     Existem programas de apoio?
     Os programas de apoio são bastante escassos, as organizações que se encontram vinculadas são, na maior parte, fornecedoras de informações sobre o problema. A OMS realiza estudos onde são diagnosticados os efeitos do álcool nos embriões durante a gravidez. Do mesmo modo, a Organização sobre a Síndrome Fetal do Álcool presta apoio acadêmico para a prevenção do consumo de álcool em gestantes.
     Sem dúvida, não existe nenhuma organização mundial de alcoolismo que preste apoio internacional, a maioria são entidades locais, e, em vários países, não existem.
     Uma só dose traz danos?
     Muitas pessoas crêem que o simples ato de tomar uma taça de vinho, no almoço ou no jantar, pode prejudicar de alguma maneira o embrião. Segundo especialistas, o organismo de cada pessoa é distinto e reage de maneira diferente ao álcool. Algumas mulheres podem - e de fato o fazem - ingerir vinho, em doses apropriadas, para combater o stress da gravidez, para relaxarem ou em ocasiões especiais.
     Segundo o Dr. Luis Alberto Garza, têm importância a história genética da mãe e o comportamento frente ao álcool antes de ficar grávida. Neste sentido, mulheres com antecedentes familiares de alcoolismo e uma história pessoal de excessos, geralmente, apresentam maior risco de causar dano ao feto, sempre, e quando consuma álcool.
     A solução: Educação
     A solução não está em deixar de consumir álcool quando há um conhecimento do risco. Muitas vezes, o dano já foi provocado e não há modo de corrigi-lo. A Dra. Sonia Rincón afirma que muitos obstetras recomendam pequenas doses de álcool para mulheres grávidas como algo que traz benefícios. Isto pode não ser prudente, pois alguns organismos são diferentes de outros e não respondem de maneira igual aos estímulos do álcool.
     Segundo a Organização sobre a Síndrome Fetal do Álcool, cerca de 20% dos nascimentos com defeitos congênitos são devido ao consumo de licor.
     Desta forma, os fatores ambientais podem servir como apoio para que isto não se suceda. O apoio familiar, a companhia, um ambiente de harmonia e a colaboração daqueles que se encontram ao redor da mulher, no decorrer de sua gravidez, são um requisito fundamental para evitar o risco do consumo de álcool. Da mesma forma, o planejamento familiar pode contribuir para que não haja consumo de álcool nas primeiras semanas de gestação


 Postado por Bruna Martins

Alcool e Gravidez 2

Álcool e gravidez: consumo antes e durante o período de gestação

     O consumo de álcool durante a gestação é causa de uma série de anormalidades do desenvolvimento fetal, dentre as quais a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) é a mais comumente relatada. Nos EUA, embora se testemunhe o consumo de álcool por mulheres grávidas, pouco se sabe sobre sua evolução ao longo da gestação.
     Assim, o propósito do presente estudo foi identificar a prevalência e descrever o padrão de consumo de álcool por mulheres grávidas, assim como seus indicadores.
     No período de 1997-2002, foram realizadas entrevistas telefônicas com 4.088 mulheres grávidas. O uso de álcool foi investigado em oito momentos diferentes: (a) 1°, 2° e 3° meses pré-concepção; (b) 1°, 2° e 3° meses de gestação; (c) 2° trimestre e, finalmente (d) 3° trimestre de gestação. As entrevistadas que declararam ter bebido durante a gravidez foram questionadas sobre (a) os meses em que beberam, (b) o número de dias de consumo, (c) o número de doses de álcool/dia e (d) o maior número de doses em uma única ocasião. Além disso, foram investigados os possíveis indicadores do consumo de álcool durante a gravidez, a citar: (a) faixa etária; (b) etnia; (c) nível de escolaridade; (d) classe socioeconômica; (e) uso de cigarro antes e durante a gestação; (f) uso de álcool e “binge drinking” antes da gestação e, finalmente (g) intenção de engravidar.
     Conforme os autores, 30,3% das entrevistadas beberam em algum momento da gravidez, das quais 8,3% o fizeram no padrão “binge drinking” (4 ou mais doses alcoólicas em uma mesma ocasião).
     Dos três meses anteriores à concepção até o fim da gestação evidenciou-se a diminuição da prevalência de uso de álcool, do consumo no padrão “binge drinking”, da quantidade e freqüência de uso, do número de dias de consumo (no mês e/ou trimestre) e do número de doses/dia.
     O uso de álcool durante a gestação, assim como fazê-lo no padrão “binge”, foi influenciado por características sócio-demográficas e comportamentais, a citar: faixa etária, nível de escolaridade, classe socioeconômica, etnia, intenção de engravidar, uso de cigarro durante a gestação, uso de álcool pré-gestação e, finalmente, já ter usado álcool no padrão “binge” nos três meses prévios à concepção.
     Quanto à última variável, em relação às mulheres que não bebiam, as gestantes que o fizeram em “binge” (nos três meses anteriores à concepção) foram 8 vezes mais prováveis de beber e 36 vezes mais prováveis de beber em “binge” durante a gestação.
     Considerando-se que o uso de álcool durante a gestação não é seguro, que o padrão “binge” é particularmente perigoso ao desenvolvimento fetal e, finalmente, que o uso de álcool no período pré-gestacional é forte indicador do consumo durante a gravidez, os autores sugerem que os profissionais de saúde adotem medidas especiais de intervenção, a citar: (a) investimento em medidas de prevenção que identifiquem e reduzam a exposição de álcool durante a gestação e (b) aconselhamento, de mulheres sexualmente ativas e em idade gestacional, sobre o uso de métodos contraceptivos confiáveis, planejamento da gravidez e interrupção do consumo de álcool antes de engravidar.


Publicado por Daniel oliveira

Alcool e Gravidez

Consumo de álcool durante a gravidez altera a função da tireóide:

Para assegurar o desenvolvimento fetal normal, mãe e feto devem contribuir com níveis apropriados de hormônio da tireóide, em diferentes épocas da gestação. Caso contrário, pode resultar em defeitos no cérebro, alguns dos quais lembram aqueles encontrados em crianças sofrendo de síndrome alcoólica fetal (fetal alcohol syndrome - FAS).

     Devido a esses fatos em comum, alguns pesquisadores especulam que o álcool possa mediar defeitos de nascimentos relacionados ao álcool (alcohol-related birth defects - ARBDs) pela indução de condições de hipotireoidismo no útero.
     Um estudo publicado na edição de janeiro da Alcoholism: Clinical & Experimental Research, investiga se o consumo de álcool durante o período equivalente ao terceiro trimestre em ovelhas resulta numa alteração da função da tireóide fetal ou maternal.
     "O hormônio da tireóide exerce papéis importantes no crescimento, desenvolvimento e na função de outros hormônios e órgãos do sistema", explica Timothy A. Cudd, professor associado de psicologia na Texas A&M University e principal autor do estudo."
     No início do desenvolvimento, antes que o feto seja capaz de produzir o hormônio da tireóide, o hormônio materno atravessa a placenta para influir no desenvolvimento fetal. Num período posterior do desenvolvimento, quando maiores concentrações são requeridas para o desenvolvimento fetal normal, uma contribuição fetal é necessária para atingir as concentrações necessárias.
     Cudd e co-autores sabiam que as anormalidades do cérebro encontradas em crianças que foram expostas a concentrações anormalmente baixas de hormônio da tireóide durante o desenvolvimento fetal são similares às anormalidades cerebrais encontradas em crianças expostas ao álcool "in utero".
     "De um ponto de vista comportamental, crianças nascidas de mães com hipotireoidismo mostram pior performance em inteligência, atenção, linguagem, leitura e desempenho escolar quando comparadas com crianças nascidas de mães com função normal da tireóide.
     Essas deficiências são similares àquelas em crianças com ARBDs. De uma perspectiva anatômica, tanto o hipotireoidismo quanto a exposição fetal ao álcool afetam o desenvolvimento do hipocampo e do cerebelo". Conhecendo essas similaridades, os autores do estudo investigaram se ARBDs são, em parte, um resultado da disfunção do sistema de hormônio da tireóide devido à mediação do álcool.
     Os pesquisadores deram às ovelhas grávidas doses de álcool ou solução salina por três dias consecutivos, seguidos de quatro dias sem exposição, imitando um modelo de "bebedeira". Amostras de sangue fetal e materno foram coletadas nos dias 108 ou 132. "A administração de álcool às ovelhas durante o período equivalente ao terceiro trimestre de gravidez resultou em função alterada da tireóide em ambos, mãe e feto," disse Cudd.
     Segundo Catherine Rivier, uma professora de neuroendocrinologia/neurociência do Salk Institute, "a ovelha é um bom modelo para o humano porque o sistema da tireóide de ambas as espécies se desenvolve de forma similar durante a gestação.
     Esses resultados mostram-nos que o álcool dado a uma mãe grávida abaixa os hormônios da tireóide em ambos, no feto e na mãe. Esta descoberta dá aos pesquisadores a razão para realizar experimentos adicionais para verificar se estas alterações nos hormônios da tireóide participam em defeitos devido a álcool durante a gestação".
     Cudd acredita que as descobertas do estudo realmente sustentam a hipótese que o álcool possa intermediar ARBDs pela alteração da função da tireóide do feto e/ou da mãe. "Apesar disso, estudos adicionais são necessários para concluir que esse é o caso em humanos.
     Claramente, a abstenção do uso de álcool durante a gravidez é o caminho mais seguro. Entretanto, se nossas descobertas forem comprovadas para os humanos, então pode ser possível monitorar a função da tireóide e mesmo corrigir a função anormal da tireóide em mães para aliviar as ações do álcool no cérebro fetal".

 Pulicado por Jonathan rios

Álcool e a Família

Família e o álcool

     Por desconhecimento do processo, a família é atingida a partir da 2ª fase da doença, quando surgem os problemas paralelos, como acidentes de trânsito, violência, perda de emprego, decadência social, financeira e moral e a síndrome da co-dependência, isto é, a família torna-se também dependente da substância álcool. É uma dependência neurótica, um alcoolismo seco que provoca sofrimento e inúmeros desajustes.
     A essa altura, a dinâmica familiar passa a ser regulada pelo comportamento do usuário de álcool, na vã tentativa de controlar sua forma, quantidade e freqüência de beber, o que é impossível. Minada por um sentimento de culpa injustificável (os pais são tão culpados de transmitir os genes do alcoolismo aos filhos quanto os da cor dos olhos ou os do ambidestrismo), a família tem de conscientizar-se do problema e pedir ajuda.
     Fácil falar; difícil fazer. Em geral, por preconceito ou vergonha, procura-se negar o fato e a resistência só é vencida quando a situação fica insustentável e a família inteira desestruturada. "O lar fica alcoólico", disse a esposa de um alcoólico que quanto mais doente estava, menos condição tinha de pedir socorro.
     Os Filhos
     Milhões de crianças e adolescentes convivem com algum parente alcoólatra no Brasil. As estatísticas mostram que eles estarão mais sujeitos a problemas emocionais e psiquiátricos do que a população desta faixa etária não exposta ao problema, o que de forma alguma significa que todos eles serão afetados. Na verdade 59% não desenvolvem nenhum problema.
     O primeiro problema que podemos citar é a baixa auto-estima e auto-imagem com conseqüentes repercussões negativas sobre o rendimento escolar e demais áreas do funcionamento mental, inclusive em testes de QI.
    Esses adolescentes e crianças tendem quando examinados a subestimarem suas próprias capacidades e qualidades. Outros problemas comuns em filhos e parentes de alcoólatras são persistência em mentiras, roubo, conflitos e brigas com colegas, vadiagem e problemas com o colégio.
Postado por Luana da silva.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Os efeitos do Ácool nos órgãos..



No cérebro


1. Quando o etanol carregado pelo sangue chega ao cérebro, ele estimula os neurônios a liberar uma quantidade extra de serotonina. Esse neurotransmissor - substância que leva mensagens entre as células - serve para regular o prazer, o humor e a ansiedade. Por isso, um dos primeiros efeitos do álcool é deixar a pessoa desinibida e eufórica


2. Se a pessoa segue bebendo, outros dois neurotransmissores são afetados. O etanol inibe a liberação do glutamato, que por sua vez regula o GABA. Sem o controle do glutamato, mais GABA é liberado no cérebro. Como esse neurotransmissor faz os neurônios trabalhar menos, a pessoa perde desde a coordenação até o autocontrole


No estômago


1. O etanol das bebidas irrita a mucosa do estômago, dificultando a digestão e aumentando a produção de ácido gástrico no órgão. Isso gera aquela sensação de enjôo e mal-estar dos "breacos" prestes a chamar o Hugo...


2. O vômito funciona como um mecanismo de autodefesa, comandado pelo cérebro, contra a ação agressiva do álcool no estômago. A pessoa se sente mais aliviada após vomitar porque termina a irritação da mucosa pelas moléculas do etanol

3 No coração
No coração

Na ação do álcool nos rins a gente explica por que quem bebe faz muito xixi. E um efeito colateral do excesso de urina acaba atingindo o coração. É que pelo xixi são eliminados minerais como magnésio e potássio que ajudam a manter o batimento cardíaco. Durante e após uma bebedeira o ritmo do coração pode apresentar alterações

Você Sabia???

  :: A bebida alcoólica surgiu ao acaso durante o período Neolítico na pré-história?

     :: Alexandre, o Grande, caiu inconsciente depois de beber muito em seu ultimo banquete e veio a morrer dias depois de doença relacionada ao abuso de álcool?
     :: A regulamentação do comércio de vinho passou a existir de forma mais consistente a partir da Idade Média?
     :: As mulheres russas proletárias no inicio do século XX colocavam bebida destilada nas chupetas de seus filhos
     :: Na Inglaterra do século XVIII o Gim era conhecido como a bebida de preferência das mulheres?
     :: Apesar do abuso de álcool ter sido sempre criticado durante a história humana, o conceito de dependência alcoólica só foi surgir no final do século XVIII e início do século XIX?

Metabolismo do álcool

     O metabolismo no fígado remove de 90% a 98% da droga circulante. O resto é eliminado pelos rins, pulmões e pele.
     Um adulto de 70kg consegue metabolizar de 5 a 10 gramas de álcool por hora. Como um drinque contém, em média, de 12 a 15 gramas, a droga acumula-se progressivamente no organismo, mesmo em quem bebe apenas um drinque por hora.
     O álcool que cai na circulação sofre um processo químico chamado oxidação que o decompõe em gás carbônico (CO2) e água. Como nesse processo ocorre liberação de energia, os médicos recomendam evitar bebidas alcoólicas aos que desejam emagrecer, uma vez que cada grama de álcool ingerido produz 7,1 kcal, valor expressivo diante das 8kcal por grama de gordura e das 4kcal por grama de açúcar ou proteína.
     Usuários crônicos de álcool costumam obter 50% das calorias necessárias para o metabolismo. Por isso, freqüentemente desenvolvem deficiências nutricionais de proteína e vitaminas do complexo B.
     :: Tolerância e alcoolismo crônico
     A resistência aos efeitos colaterais do álcool está diretamente associada ao desenvolvimento da tolerância e ao alcoolismo.
     Horas depois da ingestão exagerada de álcool, embora a concentração da droga circulante ainda esteja muito alta, a bebedeira pode passar. Esse fenômeno é conhecido como tolerância aguda.
     O tipo agudo é diferente da tolerância crônica do bebedor contumaz, que lhe permite manter aparência de sobriedade mesmo depois de ingerir quantidades elevadas da droga. Doses de álcool entre 400mg/dl e 500 mg/dl, que muitas vezes levam o bebedor ocasional ao coma ou à morte, podem ser suportadas com sintomas mínimos pelos usuários crônicos.
     Diversos estudos demonstraram que as pessoas capazes de resistir ao efeito embriagante do álcool, estatisticamente, apresentam maior tendência a tornarem-se dependentes.

POR QUE O ÁLCOOL AUMENTA A ELIMINAÇÃO DE ÁGUA PELOS RINS?

Nos rins

Quem bebe tem mais vontade de fazer xixi. E isso não **** só pela quantidade de líquido ingerido. O etanol age na hipófise, uma glândula no cérebro. Lá, ele inibe a produção de um hormônio que controla a absorção de água pelos rins. Com menos líquido absorvido, mais urina é eliminada, como mostra a comparação ao lado

Mitos e Verdades

     Mito: O álcool é a causa do alcoolismo.
     Fato: Apesar de o alcoolista ser dependente de álcool, não é o álcool em si que causa o alcoolismo. Se isto fosse verdade toda pessoa que bebesse seria alcoolista. O que se sabe é que o alcoolismo não pode ser explicado por um único fator, mas pela interação de elementos genéticos, psicológicos e ambientais.
     Mito: O vinho é uma bebida leve pois contém menos álcool do que as outras bebidas.
     Fato: A quantidade de álcool que a pessoa ingere depende da quantidade de doses que ela toma. Um copo de vinho tinto (aproximadamente 120ml), uma lata de cerveja (aproximadamente 285ml) e uma dose de bebida destilada (aproximadamente 30ml) contém a mesma quantidade de álcool.
     Mito: Misturar cerveja, vinho e destilados leva a embriaguez mais rapidamente do que só tomar um tipo de bebida alcoólica.
     Fato: O nível de álcool no sangue é que determina o nível de sobriedade ou intoxicação alcoólica do indivíduo. Lembre-se que a quantidade de doses que a pessoa toma é que vai determinar a quantidade de álcool em seu sangue.
     Mito: Beber café ajuda a pessoa a se restabelecer do 'porre'.
     Fato: Apenas o tempo pode ajudar uma pessoa a se restabelecer do porre. O organismo humano demora em média uma hora para processar uma dose de álcool. 
     Mito: Os efeitos do álcool no corpo da mulher são iguais aos efeitos do álcool no corpo do homem.
     Fato: De maneira geral a ingestão da mesma quantidade de álcool afeta a mulher mais rapidamente do que o homem (mesmo levando-se em conta as diferenças no peso corporal). Isto ocorre porque a mulher apresenta menos água em seu corpo do que o homem e o álcool quando misturado a água do corpo torna-se mais concentrado na mulher.
     Mito: Os efeitos do álcool no corpo do idoso são iguais aos efeitos do álcool no corpo do jovem.
     Fato: Os efeitos do álcool no organismo variam com a idade. Perda de reflexos, problemas com audição e visão e menor tolerância aos efeitos do álcool deixam os idosos sob o risco de quedas, acidentes automobilísticos e outros tipos de acidentes que podem resultar do uso de álcool. Com a idade, há também uma tendência de aumento no consumo de medicamentos. A mistura desses medicamentos com álcool pode trazer conseqüências danosas, inclusive fatais à saúde. É sabido que mais de 150 remédios interagem de maneira prejudicial ao indivíduo. Ademais, o uso de álcool pode agravar condições clínicas comuns entre os idosos, como hipertensão e úlcera. Mudanças no organismo dos idosos fazem a ingestão de álcool provoque efeitos mais acentuados comparativamente aos jovens de mesmo sexo e peso. Assim, os idosos devem se ater a ingerir no máximo apenas 1 dose de bebida alcoolica por dia.
     Mito: Problemas decorrentes do uso de álcool são um claro indicador de que a pessoa sofre de alcoolismo.
     Fato: Apesar do abuso de álcool não ser sinônimo de alcoolismo, ele pode trazer inúmeros problemas para o individuo e sociedade. Alguns destes problemas são: faltas no trabalho e escola, acidentes de transito, envolvimento em brigas, entre outros.
     Mito: O alcoolista é uma pessoa fraca e irresponsável.
     Fato: O alcoolismo é uma doença crônica que compreende os seguintes sintomas: desejo incontrolável de beber, perda de controle (não conseguir parar de beber depois da pessoa ter começado), dependência física (sintomas físicos como sudorese, tremedeira e ansiedade quando a pessoa está sem o álcool) e tolerância (a pessoa com o tempo passa a precisar de doses maiores de álcool). A dependência de álcool não está associada ao caráter do indivíduo e muito dos problemas que ele apresenta são decorrentes da própria doença.

Sintomas do Alcoolismo

     A décima versão da Classificação Internacional das Doenças (CID-10)3 estabeleceu diretrizes diagnósticas para a dependência.
     O conceito de dependência envolve os seguintes critérios:
     1. desejo intenso ou compulsão para ingerir bebidas alcoólicas. 
     2. tolerância: necessidade de doses crescentes de álcool para atingir o mesmo efeito obtido com doses anteriormente inferiores ou efeito cada vez menor com uma mesma dose da substância;
     3. abstinência: síndrome típica e de duração limitada que ocorre quando o uso do álcool é interrompido ou reduzido drasticamente.
     4. aumento do tempo empregado em conseguir, consumir ou recuperar-se dos efeitos da substância; abandono progressivo de outros prazeres ou interesses devido ao consumo.
     5. desejo de reduzir ou controlar o consumo do álcool com repetidos insucessos.
     6. persistência no consumo de álcool mesmo em situações em que o consumo é contra-indicado ou apesar de provas evidentes de prejuízos, tais como, lesões hepáticas causadas pelo consumo excessivo de álcool, humor deprimido ou perturbação das funções cognitivas relacionada ao consumo do álcool.
     De acordo com o CID-10, para que se caracterize dependência, pelo menos três critérios devem estar presentes em qualquer momento durante o ano anterior.
     Entre os indivíduos dependentes, há diferentes níveis de gravidade que dependerão da presença de sintomas de abstinência e da quantidade e impacto das perdas e prejuízos advindos do uso da substância.

Álcool: Droga Lícita

     Quando deparamos com uma propaganda de Cerveja na televisão, ficamos no mínimo atraídos, se não pelo produto em si mais pelas belas garotas, semi nuas que entram em cena para prender a atenção de todos, e acabamos maravilhados com exuberante trabalho de áudio visual, que enche os olhos de quem as vê.
     Para nos adultos é menos impactante, enquanto para os jovens que ainda não tem uma opinião formada a cerca do assunto, se tornam alvos fáceis, e acabam se inserindo no vicio do Álcool, de forma prematura desencadeando um efeito domino que por certo acabará desembocando em outros tipos de drogas as chamadas ilícitas.
     As estatísticas dão conta, de que os jovens estão entrando no vicio do Álcool, muito mais cedo, nas décadas de 80 e 90, era comum os jovens começarem a provar qualquer tipo de bebida alcoólica entre 14 a 15 anos de idade, hoje porem o inicio se da muito mais cedo começam a beber aos 10 a 11 anos de idade, quando seus organismos ainda estão em fase de formação, tornando-os vulneráveis a utilização de outros tipos de drogas.
     Os noticiários de rádio e televisão, dão conta de que 70% dos acidentes tem como causa a ingestão de bebidas alcoólicas, dos quais 50% ocasionam vitimas fatais e 50% deixam as pessoas envolvidas, com seqüelas as vezes irreparáveis, ocasionando um gasto excessivo aos cofres públicos.
     Os homicídios, também tem como foco principal o uso de Álcool onde cerca de 70% dos crimes contra a vida são cometidos por pessoas alcoolizadas e geralmente após as 22 horas, com isto não queremos dizer que quem mata é necessariamente quem esta alcoolizado, mas na maioria das vezes quem perde a vida é quem se encontra em estado de embriaguez, que acaba ficando mais valente, mais sensível se envolvendo em brigas e discussões que geralmente acabam em tragédia.
     Os acidentes de transito no Brasil apresentam dados alarmantes, e matam mais do que as guerras no Oriente médio no Golfo Pérsico, guerra das Malvinas entre outras, aproximadamente 42.000 pessoas morrem por ano vitimas de acidentes de transito, desse percentual 24.000 pessoas morrem de acidentes em estradas, 10.000 morrem no local do acidente e 8.000 são feridos graves que morrem posteriormente, grande parte dessas mortes poderiam ser evitadas se os condutores de veículos fossem mais prudentes, evitando ultrapassagens perigosas e se não houvesse uma grande ingestão de bebida alcoólica ao dirigir.
     Ocorrem pelo menos 723 acidentes por dia nas rodovias pavimentadas brasileiras. Media de 30 por hora ou um a cada dois minutos, ocasionando cerca de 65 mortes por dia nas estradas.
     Em paises desenvolvidos a situação é bem diferente dados de 2003 dão conta que na Alemanha, através do Departamento Federal de Estatística, que morreram nesse ano cerca de 6.606 pessoas vitimas de acidentes automobilísticos, e o de feridos foi de 462.600 pessoas, em Portugal não é diferente no ano de 2002 segundo dados estatístico foi registrado um número de óbitos de 1.469 pessoas vitimas de acidente de transito e um número de 4.770 feridos graves.Pare o mundo quero descer.

História do álcool

     Segundo alguns registros arqueológicos, os primeiros indícios do consumo de álcool pelo ser humano datam de mais de oito mil anos. No primeiro momento, as bebidas eram produzidas apenas pela fermentação e, por isso, tinham um baixo teor alcoólico.
     Com o desenvolvimento do processo de destilação, começaram a surgir as primeiras bebidas mais fortes e mais perigosas. Com a Revolução Industrial, a bebida passou a ser produzida em série, o que aumentou consideravelmente o número de consumidores e, por conseqüência, os problemas sociais causados pelo abuso no consumo do álcool.
    
História do álcoolHistória do álcoolHistória do álcool
     Quando tudo começou . . .
     Acredita-se que a bebida alcoólica teve origem na Pré-História, mais precisamente durante o período Neolítico quando houve a aparição da agricultura e a invenção da cerâmica. A partir de um processo de fermentação natural ocorrido há aproximadamente 10.000 anos o ser humano passou a consumir e a atribuir diferentes significados ao uso do álcool. Os celtas, gregos, romanos, egípcios e babilônios registraram de alguma forma o consumo e a produção de bebidas alcoólicas.
     A embriaguez de Noé
     Em uma das mais belas passagens do Antigo Testamento da Bíblia (Gênesis 9.21) Noé, após o dilúvio, plantou vinha e fez o vinho. Fez uso da bebida a ponto de se embriagar. Reza a bíblia que Noé gritou, tirou a roupa e desmaiou. Momentos depois seu filho Cam o encontrou "tendo à mostra as suas vergonhas". Foi a primeiro relato que se tem conhecimento de um caso de embriaguez. Michelangelo, famoso pintor renascentista (1475-1564), se inspirou nesse episódio pintar um belíssimo afresco, com esse nome, no teto da Capela Sistina, no Vaticano. Nota-se, assim, que não apenas o uso de álcool, mas também a sua embriaguez, são aspectos que acompanham a humanidade desde seus primórdios.
     O álcool através da história
     Grécia e Roma
     O solo e o clima na Grécia e em Roma eram especialmente ricos para o cultivo da uva e produção do vinho. Os gregos e romanos também conheceram a fermentação do mel e da cevada, mas o vinho era a bebida mais difundida nos dois impérios tendo importância social, religiosa e medicamentosa.
     No período da Grécia Antiga o dramaturgo grego Eurípedes (484 a.C.-406 a.C.) menciona nas Bacantes duas divindades de primeira grandeza para os humanos: Deméter, a deusa da agricultura que fornece os alimentos sólidos para nutrir os humanos, e Dionísio, o Deus do vinho e da festa (Baco para os Romanos). Apesar do vinho participar ativamente das celebrações sociais e religiosas greco-romanas, o abuso de álcool e a embriagues alcoólica já eram severamente censurados pelos dois povos.
     Egito Antigo
     Os egípcios deixaram documentado nos papiros as etapas de fabricação, produção e comercialização da cerveja e do vinho. Eles também acreditavam que as bebidas fermentadas eliminavam os germes e parasitas e deveriam ser usadas como medicamentos, especialmente na luta contra os parasitas provenientes das águas do Nilo.
     Idade Média
     A comercialização do vinho e da cerveja cresce durante este período, assim como sua regulamentação. A intoxicação alcoólica (bebedeira) deixa de ser apenas condenada pela igreja e passa a ser considerada um pecado por esta instituição.
     Idade Moderna
     Durante e Renascença passa a haver a fiscalização dos cabarés e tabernas, sendo estipulados horários de funcionamento destes locais. Os cabarés e tabernas eram considerados locais onde as pessoas podiam se manifestar livremente e o uso de álcool participa dos debates políticos que mais tarde vão desencadear na Revolução Francesa.
     Idade Moderna
     O fim do século 18 e o início da Revolução Industrial é acompanhado de mudanças demográficas e de comportamentos sociais na Europa. É durante este período que o uso excessivo de bebida passa a ser visto por alguns como uma doença ou desordem. Ainda no início e na metade do século 19 alguns estudiosos passam a tecer considerações sobre as diferenças entre as bebidas destiladas e as bebidas fermentadas, em especial o vinho. Neste sentido, Pasteur em 1865, não encontrando germes maléficos no vinho declara que esta é a mais higiênica das bebidas.
     Durante o século 20 paises como a França passam a estabelecer a maioridade de 18 anos para o consumo de álcool e em janeiro de 1920 o estado Americano decreta a Lei Seca que teve duração de quase 12 anos. A Lei Seca proibiu a fabricação, venda, troca, transporte, importação, exportação, distribuição, posse e consumo de bebida alcoólica e foi considerada por muitos um desastre para a saúde pública e economia americana.
     Foi no ano de 1952 com a primeira edição do DSM-I (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) que o alcoolismo passou a ser tratado como doença.
     No ano de 1967, o conceito de doença do alcoolismo foi incorporado pela Organização Mundial de Saúde à Classificação Internacional das Doenças (CID-8), a partir da 8ª Conferência Mundial de Saúde. No CID-8, os problemas relacionados ao uso de álcool foram inseridos dentro de uma categoria mais ampla de transtornos de personalidade e de neuroses.
     Esses problemas foram divididos em três categorias: dependência, episódios de beber excessivo (abuso) e beber excessivo habitual. A dependência de álcool foi caracteriza pelo uso compulsivo de bebidas alcoólicas e pela manifestação de sintomas de abstinência após a cessação do uso de álcool.