terça-feira, 12 de abril de 2011

Alcool e Gravidez 2

Álcool e gravidez: consumo antes e durante o período de gestação

     O consumo de álcool durante a gestação é causa de uma série de anormalidades do desenvolvimento fetal, dentre as quais a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) é a mais comumente relatada. Nos EUA, embora se testemunhe o consumo de álcool por mulheres grávidas, pouco se sabe sobre sua evolução ao longo da gestação.
     Assim, o propósito do presente estudo foi identificar a prevalência e descrever o padrão de consumo de álcool por mulheres grávidas, assim como seus indicadores.
     No período de 1997-2002, foram realizadas entrevistas telefônicas com 4.088 mulheres grávidas. O uso de álcool foi investigado em oito momentos diferentes: (a) 1°, 2° e 3° meses pré-concepção; (b) 1°, 2° e 3° meses de gestação; (c) 2° trimestre e, finalmente (d) 3° trimestre de gestação. As entrevistadas que declararam ter bebido durante a gravidez foram questionadas sobre (a) os meses em que beberam, (b) o número de dias de consumo, (c) o número de doses de álcool/dia e (d) o maior número de doses em uma única ocasião. Além disso, foram investigados os possíveis indicadores do consumo de álcool durante a gravidez, a citar: (a) faixa etária; (b) etnia; (c) nível de escolaridade; (d) classe socioeconômica; (e) uso de cigarro antes e durante a gestação; (f) uso de álcool e “binge drinking” antes da gestação e, finalmente (g) intenção de engravidar.
     Conforme os autores, 30,3% das entrevistadas beberam em algum momento da gravidez, das quais 8,3% o fizeram no padrão “binge drinking” (4 ou mais doses alcoólicas em uma mesma ocasião).
     Dos três meses anteriores à concepção até o fim da gestação evidenciou-se a diminuição da prevalência de uso de álcool, do consumo no padrão “binge drinking”, da quantidade e freqüência de uso, do número de dias de consumo (no mês e/ou trimestre) e do número de doses/dia.
     O uso de álcool durante a gestação, assim como fazê-lo no padrão “binge”, foi influenciado por características sócio-demográficas e comportamentais, a citar: faixa etária, nível de escolaridade, classe socioeconômica, etnia, intenção de engravidar, uso de cigarro durante a gestação, uso de álcool pré-gestação e, finalmente, já ter usado álcool no padrão “binge” nos três meses prévios à concepção.
     Quanto à última variável, em relação às mulheres que não bebiam, as gestantes que o fizeram em “binge” (nos três meses anteriores à concepção) foram 8 vezes mais prováveis de beber e 36 vezes mais prováveis de beber em “binge” durante a gestação.
     Considerando-se que o uso de álcool durante a gestação não é seguro, que o padrão “binge” é particularmente perigoso ao desenvolvimento fetal e, finalmente, que o uso de álcool no período pré-gestacional é forte indicador do consumo durante a gravidez, os autores sugerem que os profissionais de saúde adotem medidas especiais de intervenção, a citar: (a) investimento em medidas de prevenção que identifiquem e reduzam a exposição de álcool durante a gestação e (b) aconselhamento, de mulheres sexualmente ativas e em idade gestacional, sobre o uso de métodos contraceptivos confiáveis, planejamento da gravidez e interrupção do consumo de álcool antes de engravidar.


Publicado por Daniel oliveira

5 comentários:

  1. Os prejuízos causados no feto pelo álcool podem causar consequências irreversíveis! Temos que querer ser mãe, ter responsabilidade, muito amor, não é uma tarefa qualquer, tem que preparar!

    ResponderExcluir
  2. O álcool é uma das condições prejudicial à memória! O hipocampo de um alcoólatra é 10% menor que o de uma pessoa sem vícios. Essa é uma região do cérebro vital para a memória!

    ResponderExcluir
  3. O alcool pode vir a lesionar o feto durante a gravidez consequntemente a crinça nascera com algum problema, as maes devem ter mais imprudencia e talvez procurar acompanhamentos para que isso não ocorra .

    ResponderExcluir
  4. É fundamental a mulher atual se conhecer e se relacionar intimamente consigo mesmo, e elaborar um projeto de vida significativo. Buscar clarificar e tornar transparente uma visão de mundo e uma proposta de vivência como ser feminino, questionando-se sempre: O que desejo da vida? O que estou fazendo comigo? Essas referências irão fundamentar o seu modo de relaciona-se e viver no social, e o planejamento de caminhos e estratégias a serem seguidos tanto na vida pessoal, como na vida afetiva, familiar e profissional. Essa conscientização tornará mais fácil e específico, o “como” me relaciono, atuo, penso, sinto, enfim vivo com os outros meus semelhantes. É importante refletir que, quando usamos o “eu também”, não necessariamente reporto-me à imitação da outra, à identificação com a outra, mas principalmente, ao “participar e compartilhar das mesmas referências”, muitas vezes sem reflexão sobre seu significado.
    O que o grupo pensa a respeito do papel mulher mãe?

    ResponderExcluir
  5. A MULJER MAE TEM QUE TER JUIZO E MUITA RESPONSABILIDADE SABENDO O QUE ELA FAZ POIS QUALQUER COISA DE ERRRADA OU BOM VAI TER ALGUMA AÇÃO NA CRIANÇA.

    ResponderExcluir