Álcool e gravidez: consumo antes e durante o período de gestação
O consumo de álcool durante a gestação é causa de uma série de anormalidades do desenvolvimento fetal, dentre as quais a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) é a mais comumente relatada. Nos EUA, embora se testemunhe o consumo de álcool por mulheres grávidas, pouco se sabe sobre sua evolução ao longo da gestação.
Assim, o propósito do presente estudo foi identificar a prevalência e descrever o padrão de consumo de álcool por mulheres grávidas, assim como seus indicadores.
No período de 1997-2002, foram realizadas entrevistas telefônicas com 4.088 mulheres grávidas. O uso de álcool foi investigado em oito momentos diferentes: (a) 1°, 2° e 3° meses pré-concepção; (b) 1°, 2° e 3° meses de gestação; (c) 2° trimestre e, finalmente (d) 3° trimestre de gestação. As entrevistadas que declararam ter bebido durante a gravidez foram questionadas sobre (a) os meses em que beberam, (b) o número de dias de consumo, (c) o número de doses de álcool/dia e (d) o maior número de doses em uma única ocasião. Além disso, foram investigados os possíveis indicadores do consumo de álcool durante a gravidez, a citar: (a) faixa etária; (b) etnia; (c) nível de escolaridade; (d) classe socioeconômica; (e) uso de cigarro antes e durante a gestação; (f) uso de álcool e “binge drinking” antes da gestação e, finalmente (g) intenção de engravidar.
Conforme os autores, 30,3% das entrevistadas beberam em algum momento da gravidez, das quais 8,3% o fizeram no padrão “binge drinking” (4 ou mais doses alcoólicas em uma mesma ocasião).
Dos três meses anteriores à concepção até o fim da gestação evidenciou-se a diminuição da prevalência de uso de álcool, do consumo no padrão “binge drinking”, da quantidade e freqüência de uso, do número de dias de consumo (no mês e/ou trimestre) e do número de doses/dia.
O uso de álcool durante a gestação, assim como fazê-lo no padrão “binge”, foi influenciado por características sócio-demográficas e comportamentais, a citar: faixa etária, nível de escolaridade, classe socioeconômica, etnia, intenção de engravidar, uso de cigarro durante a gestação, uso de álcool pré-gestação e, finalmente, já ter usado álcool no padrão “binge” nos três meses prévios à concepção.
Quanto à última variável, em relação às mulheres que não bebiam, as gestantes que o fizeram em “binge” (nos três meses anteriores à concepção) foram 8 vezes mais prováveis de beber e 36 vezes mais prováveis de beber em “binge” durante a gestação.
Considerando-se que o uso de álcool durante a gestação não é seguro, que o padrão “binge” é particularmente perigoso ao desenvolvimento fetal e, finalmente, que o uso de álcool no período pré-gestacional é forte indicador do consumo durante a gravidez, os autores sugerem que os profissionais de saúde adotem medidas especiais de intervenção, a citar: (a) investimento em medidas de prevenção que identifiquem e reduzam a exposição de álcool durante a gestação e (b) aconselhamento, de mulheres sexualmente ativas e em idade gestacional, sobre o uso de métodos contraceptivos confiáveis, planejamento da gravidez e interrupção do consumo de álcool antes de engravidar.
Publicado por Daniel oliveira
Os prejuízos causados no feto pelo álcool podem causar consequências irreversíveis! Temos que querer ser mãe, ter responsabilidade, muito amor, não é uma tarefa qualquer, tem que preparar!
ResponderExcluirO álcool é uma das condições prejudicial à memória! O hipocampo de um alcoólatra é 10% menor que o de uma pessoa sem vícios. Essa é uma região do cérebro vital para a memória!
ResponderExcluirO alcool pode vir a lesionar o feto durante a gravidez consequntemente a crinça nascera com algum problema, as maes devem ter mais imprudencia e talvez procurar acompanhamentos para que isso não ocorra .
ResponderExcluirÉ fundamental a mulher atual se conhecer e se relacionar intimamente consigo mesmo, e elaborar um projeto de vida significativo. Buscar clarificar e tornar transparente uma visão de mundo e uma proposta de vivência como ser feminino, questionando-se sempre: O que desejo da vida? O que estou fazendo comigo? Essas referências irão fundamentar o seu modo de relaciona-se e viver no social, e o planejamento de caminhos e estratégias a serem seguidos tanto na vida pessoal, como na vida afetiva, familiar e profissional. Essa conscientização tornará mais fácil e específico, o “como” me relaciono, atuo, penso, sinto, enfim vivo com os outros meus semelhantes. É importante refletir que, quando usamos o “eu também”, não necessariamente reporto-me à imitação da outra, à identificação com a outra, mas principalmente, ao “participar e compartilhar das mesmas referências”, muitas vezes sem reflexão sobre seu significado.
ResponderExcluirO que o grupo pensa a respeito do papel mulher mãe?
A MULJER MAE TEM QUE TER JUIZO E MUITA RESPONSABILIDADE SABENDO O QUE ELA FAZ POIS QUALQUER COISA DE ERRRADA OU BOM VAI TER ALGUMA AÇÃO NA CRIANÇA.
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